O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região optou por suspender a realização de novas audiências com a juíza Kismara Brustolin. Essa decisão foi tomada após a instauração de um procedimento para investigar a conduta da magistrada durante uma sessão na Vara da Justiça do Trabalho em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina.
Durante essa sessão, um incidente foi registrado em vídeo, no qual a juíza repreende de maneira exaltada uma testemunha, exigindo que ele lhe responda enquanto eleva a voz. A situação, que ocorreu durante a audiência, levou à suspensão das novas audiências da juíza.
No recorte do trecho que gerou a manifestação da OAB-SC, a juíza interrompe a fala do homem e pede que ele fale a frase: “O que a senhora deseja, excelência?”.
A testemunha questiona se é obrigada a dizê-la e a magistrada diz que não, porém insiste e rebate que “se ele não fizer isso, o depoimento terminará e não será considerado”.
Depois pede novamente para ele parar de falar e o chama de “bocudo” – expressão usada para designar alguém que está falando demais.
Durante a audiência, o advogado Pedro Henrique Piccini tenta explicar a dificuldade da testemunha em se manifestar, porque estaria numa feira no momento.
Em seguida, a juíza interrompe o defensor alegando que o homem teria faltado “com respeito”. Depois, a magistrada completa que a exclusão do depoimento ocorreu porque a testemunha “não cumpriu com a urbanidade e educação”.
fonte: oglobo
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