Na noite do último dia 14/03, uma mulher que foi encontrada atropelada, no ano 2000, sem qualquer identificação e permaneceu em coma por 24 anos em um hospital de Vitória, veio a falecer. Ela sofreu uma broncoaspiração pela manhã e não conseguiu se recuperar.
Conhecida como Clarinha pela equipe médica, ela foi vítima de um atropelamento no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. O local exato do acidente e o veículo responsável nunca foram identificados pela polícia. Clarinha foi socorrida por uma ambulância, porém não portava nenhum documento de identificação, chegando ao hospital inconsciente e sem ser reconhecida.
Durante todo o tempo, ela permaneceu em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar (HPM) em Vitória, sem receber visitas de familiares ou amigos.
Por não possuir documentos oficiais, o corpo de Clarinha pode ser classificado como “indigente” e ser sepultado após passar pelo Serviço de Verificação de Óbito. No entanto, a equipe médica do HPM, que se tornou sua “família” ao longo dos anos, está trabalhando para evitar essa situação e garantir um sepultamento digno para alguém que recebeu cuidados especiais de todos eles durante tanto tempo.