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Vídeo mostra precariedade de ônibus circular em Pádua durante chuva

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Um vídeo filmado na noite de ontem (02/12) por passageiros mostra as condições do ônibus circular que atende o distrito de Monte Alegre, em Santo Antônio de Pádua, durante a chuva. As imagens revelam água caindo em diversos pontos do veículo, deixando várias poltronas encharcadas e impossibilitando os passageiros de se sentarem.

Os usuários têm expressado insatisfação com a qualidade do serviço prestado pela empresa, relatando problemas recorrentes, como veículos quebrados, atrasos, superlotação e, em casos anteriores, situações semelhantes de goteiras, que chegaram a ser registradas em vídeo, com passageiros usando guarda-chuvas dentro do ônibus.

A empresa anunciou um novo reajuste, o segundo apenas neste ano, acumulando um aumento total de R$ 2 nas tarifas. O aumento foi implementado juntamente com a concessão do transporte público à Auto Viação Vitória Paduana, vencedora do edital de licitação 049/2023, que assumiu o serviço em substituição à antiga concessionária, Autoviação Rio Pomba Ltda. No entanto, apesar da mudança de administração, os mesmos ônibus permanecem em operação, sem qualquer melhoria significativa na qualidade do serviço oferecido.

Valores das passagens a partir de 04/12:
• Linha circular: de R$ 4,50 para R$ 5,50
• Monte Alegre: de R$ 5,50 para R$ 6,50
• Pirapetinga: de R$ 5,50 para R$ 6,50

A concessão desse serviço público em Pádua é marcada por controvérsias. Em 2021, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito Paulo Roberto Pinheiro Pinto, acusando-o de beneficiar uma empresa sem licitação. Segundo o MP, o prefeito teria suspendido o contrato anterior sem justificativas sólidas e articulado a troca da concessionária durante reuniões com permissionários do transporte alternativo, ainda no período eleitoral.

A ação também aponta que o processo de contratação emergencial realizado em 2021 foi fraudado, com a inserção de concorrentes fictícios para legitimar a contratação da empresa preferida pelo prefeito. Atualmente, o caso segue em segredo de justiça.
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